sábado, 10 de outubro de 2009

Cultura Mexicana

- O trânsito no México é caótico, principalmente na Cidade do México. Por caótico eu não quero dizer que há muito tráfico ou muito barulho (isso é em São Paulo), quando eu digo que o trânsito é caótico é que parece que não existem leis. Os carros vão e vem por todas as direções possíveis e imagináveis, os pedestres dividem a rua com os carros, o uso do cinto de segurança é bem incomum e o número de pessoas sem habilitação que dirigem também é muito grande.
- Eles colocam pimenta em tudo, e quando eu digo em tudo, eu quero dizer em tudo. Sanduiche vai pimenta, carne vai pimenta, tacos levam pimenta, molhos levam pimenta, frutas (pasmem) levam pimenta, doces levam pimenta, bebidas levam pimenta. Os mexicanos realmente gostam de enfiar pimenta em tudo (lembrar o formato da pimenta).
- Recusar comida é um pecado, principalmente em cidade pequena. Ainda em grandes cidades você não passa por mal educado, no entanto, se te oferecem algo em uma cidade pequena você deve aceitar, caso contrário é visto como metido, grosseiro, rude, e coisas piores.
- A princípio os mexicanos não são muito amigáveis (não são tão expansivos como os brasileiros, quero dizer), mas depois que você os conhece (aproximadamente depois de duas horas de small talk), eles são extremamente gentis e atenciosos, fazendo de tudo para manter a amizade e sempre muito conversadores.
- Nunca vi povo tão pão duro com guardanapo, papel higiênico, papel toalha e coisas do gênero. Incrivelmente não é uma questão ambiental, já que eles são tão conscientes e jogam tanto lixo na rua quanto pessoas canônicas e bem definidas que jogam uma quantidade razoável de lixo na rua. É pão-durice mesmo, e porque não se sabe.
- Os homens usam gel, as mulheres se lotam de maquiagem, colocam muita maquiagem mesmo, e toda hora estão com um espelhinho e um estojo de maquiagens. Todos (do sexo masculino e com orientação sexual aparentemente hetero) têm cabelo preto e pele morena mesclada com vermelha. São todos muito parecidos e baixinhos (ao ponto de vista de uma pessoa alta, ou pelo menos com mais de 1,80m de altura). A média de altura dos homens deve ser de 1,70m (eu já passei em F 429, logo eu estou habilitado a tirar valores e dados de onde eu quiser) com um desvio padrão pequeno.
- Não que eles não sejam muito higiênicos, mas... mas nada, eles não são nem um pouco higiênicos (claro que generalizar é uma coisa difícil e bla bla bla, mas não é de costume geral, ou seja, população não instruída, que sejam higiênicos). O que se resume a: se você vai comer em algum lugar/bairro de classe média/alta, sim, eles são higiênicos, se você vai comer na rua, na estação de metro ou em uma praça, peça logo um X salmonela.
- Sim, existe muita comida pela rua, qualquer um que tenha um mínimo de não preguiça sai de casa e monta uma barraquinha de comida (tacos, tortas, tlacoyos, tamales, esquites, elotes, quesadillas, gafanhotos, ou qualquer coisa que seja comestível).
- Pode se dizer que a sociedade (ainda) é um pouco machista e que a maioria da população se constitui de católicos, no entanto, aparentemente, alguns costumes pré-hispânicos persistem na população. E também temos que o Estado não é tão laico assim.
- Os mexicanos adoram futebol, dizem eles que a diferença entre México e Brasil é que Brasil tem bons jogadores (são humildes também). Também pensam que o Brasil é composto por mulheres mulatas desnudas usando vestidos de bolinhas com uma coroa de frutas na cabeça (sim, peladas com vestidos, eu ouvi isso de uma mexicana).
- Para os outros países: amam os Brasileiros, também acham os argentinos metidos, odeiam os gringos (estados unidenses), e pensam que os Gallegos (de uma região da Espanha) são burros.

Tenho mais coisas para escrever, mas também tenho mais lugares para visitar :)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Semana 9

Resolvi as coisas de meu passaporte, quase nada mais.

Semana 8

Acordei terça feira as 4:30 da manhã, arrumei minha mala e fui esperar as meninas (Carolina, Claudia e Erika) na estação de metro Copilco as 6:00 da manha, conforme combinado, elas demoraram meia hora para chegar. Depois de tudo pronto fomos até o terminal rodoviário Tapo, compramos a passagem por M$288,00 da empresa Sur, para sairmos as 9:00 da manha para ir a Oaxaca. Viagem tranqüila, chegamos numa rodoviária estranha e pegamos um taxi para ir até um hostel que estava no mapa da Érika, não encontrando o dito cujo, andamos 2 quadras para ficarmos em outro hostel. Acabamos por dividir um quarto com quatro camas, saindo a M$100 para cada um. Era um lugar familiar, o senhor que nos atendeu foi muito simpático e muito solícito, aos interessados, o nome do Hostel é San Fidel. Saímos para comer algo, fomos até o mercado e nos arrependemos de ter pedido Chile Relleno, comprei alguns quadros feitos em papel e depois andamos pelo camelô mais próximo. Compramos cartões postais, chocolate, bagulhos e mais bagulhos, voltamos para casa, tomamos banho e fomos a festejar o Grito da Independência na praça central da cidade. No caminho paramos para apreciar e tirar fotos do desfile que estava passando pela rua, comigo eu trazia a bandeira mexicana para sair também pela passeata. Como estávamos com fome, fomos a comer antes, imaginando que o povo mexicano tem bom senso e festeja o feriado às 00:00, horário de virada de qualquer evento, e ficamos até às 23:00 comendo, e perdemos o evento principal da noite (que aconteceu às 23:00). Depois ficamos um tempo na praça, até que me cansei e fui sozinho para casa (imaginando que as meninas se cansariam e também viessem embora cedo, deixei a porta do quarto aberta). Dormi e acordamos no dia seguinte para fazer um tour guiado por alguns pontos turísticos do Estado de Oaxaca. Fomos ver a árvore mais grossa do mundo (digna de Guinnes, localizada no povoado Tule, possui aproximadamente 2000 anos de idade, 14.36m de diâmetro de tronco, da espécie Taxodium Mucronatum, ou ahuehuete), depois seguimos a ver uma fábrica familiar de tapetes (todos os tapetes - caríssimos - eram confeccionados manualmente) e então fomos a uma cascata petrificada (o melhor passeio do dia, com uma vista maravilhosa) e seguimos para um restaurante caro (ai comemos uns lanches que tínhamos preparado em casa, imaginando que os guias iriam parar em um lugar caro), depois eu fiquei provando cremes e conversando com a balconista de uma loja de Mezcais que ficava no restaurante e então fomos a uma das muitas ruínas de civilizações antigas do México. Saindo de lá fomos a uma fábrica de Mezcal (Explicação de como é feito o mezcal: Primeiro esperam os frutos do maguey verde amadurecerem, depois os cortam - cada fruto tem, em média, 100Kg - e colocam para queimar durante 3 dias em um buraco na terra. Sacam os frutos queimados, descascam-nos e colocam para moer em um coisinho movido a força de cavalo. Pegam o resultado do moimento, adicionam água e colocam durante uma semana para fermentar. Depois de duas etapas de destilação, o mezcal está pronto.) e então regressamos às 18:00 para o hostel. Saímos, jantamos, voltamos, dormimos.
Saímos 9:00 da manhã, com direção a cidade de Porto Escondido (com aeroporto, 45 mil habitantes, no litoral do Estado de Oaxaca, 200 taxistas e muitos europeus), chegamos a Porto Escondido por volta das 16:00 da tarde, fiquei com as bagagens em um banco da rua enquanto as meninas procuravam um Hotel, depois de pagarmos os M$350 da diária de todos, deixamos as roupas e fomos à praia, andamos, comemos, a Claudia teve suas havaianas roubadas de maneira estranha, encontramos com um grupo conhecido e voltamos eu e Claudia para o hotel. Eu tomo banho, saio e vou para a Lan House, logo depois chego ao hotel e Carol está no banho, quando sai do banho pede que saia do quarto para se trocar, o faço e logo depois escuto lástimas de Carol. Quando entro no quarto vejo que estão olhando para suas roupas e estas estão manchadas. Depois de lástimas e hipóteses feitas sobre o que poderia ter acontecido, fomos comer em um restaurante a beira da praia (invejem: comida e bebida farta para 3 pessoas por M$200,00 = R$30,00 em um restaurante confortável a beira-mar). Depois disso fomos para o bar “Calaveras y Diablitos” onde ficamos matando o tempo jogando sinuca (bar muito bom e não caro). Voltamos para o hotel e fomos dormir.
Na sexta fomos a praia Roca Blanca, a 40 minutos de Porto Escondido. A praia estava praticamente deserta, não havia ninguém se banhando ou ninguém na areia, apenas havia gente nos restaurantes e nada mais. Passamos o dia nesta praia, comemos bem e não pagamos caro. Voltamos as 19:00 para o hotel, nos trocamos, fomos comer em um restaurante (com comida temperada com patas de barata) e depois fomos a um bar dentro da praia que estava oferecendo bebidas grátis a mulheres (sem pagar entrada nem nada, grátis mesmo). Ficamos até 01:00 da manha e voltamos para casa. Chegou Roberto de Cidade do México, eu e Claudia o levamos até o bar onde estávamos e eu voltei para casa para dormir.
No sábado Carol, Claudia e Roberto acordaram cedo para irem passear pelas praias próximas a Porto Escondido, eu, cansado, fiquei no hotel dormindo até as 14:00. Depois fui para a lan e então fui caminhar pela praia, comprei camisetas, chaveiros, licores e mezcales, neguei oferta de maconha duas vezes (e o cara ainda achou ruim dizendo que eu era brasileiro e que eu deveria fumar) e voltei para o hotel. Sai a noite com Rusty, Claudia e Carol para comer em um restaurante a beira da praia (dessa vez sem tempero de pata de barata) onde tinha mesa de sinuca, a comida estava muito boa e as meninas ganharam o jogo (vergonha). Voltamos eu e a Claudia para a casa enquanto Carol e Rusty foram a um bar.
Domingo acordamos cedo, fomos ao mercado municipal comprar algumas coisas e depois fomos novamente para Roca Blanca.

Semana 7

Meu passaporte foi roubado na sexta feira, dia 11, e fui mal orientado pelos "policiais" da cidade.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Teotihuacan

Vários são ditos os significados do nome Teotihuacan, dentre eles estão: Cidade dos Deuses, Cidade onde nascem Deuses, Cidade onde são feitos Deuses e o mais aceito como completo e verdadeiro é Cidade onde os homens, depois de mortos, se convertem em Deuses. O nome Teotihuacan foi dado pelos Mexicas (mais conhecidos como Aztecas) para se referir ao centro urbano mais povoado da Mesoamérica e o maior apogeu durante o período Clássico. Atualmente é uma zona arqueológica, localizada em um vale, e parte da Cuenca de México.
Declarada pela UNESCO como patrimônio da humanidade (agora vai ficar ainda mais difícil de eu conseguir comprar o terreno), está localizada a 19°41′N 98°51′O, ou seja, a aproximadamente 40Km a nordeste da Cidade do México. Faz parte das cidades de San Juan Teotihuacan e San Martin de las Pirâmides, no nordeste do Estado do México. Em seu auge de civilização urbana chegou a possuir uma área de 21Km2 e uma população de 200 mil habitantes. Hoje, a área aberta para visita ao público tem uma área 90% menor que a original (ou seja, 2,1Km2).
A história de Teotihuacan se iniciou 600a.C., e em 200a.C. sua população fixou suas terras e começaram a erguer as pedras da civilização. A civilização Teotihuacana é famosa pelas suas belas pinturas, jóias, artesanatos e construções grandiosas. Na reserva arqueológica se encontra obras como a Pirâmide do Sol, a Pirâmide da Lua, o Templo de Quetzalcóatl, a calçada dos mortos, a Cidadela, o Palácio dos Jaguares, Mausoléus e alguns templos menores. A Pirâmide do Sol é a segunda maior em todo o México, além disso, existem comparações entre as construções Teotihuacanas e as construções Egípcias, dentre algumas semelhanças, está o mesmo alinhamento das construções.
A Pirâmide do Sol
A monumentalidade do edifício, suas dimensões e características arquitetônicas, mostram o desenvolvimento tecnológico e os conhecimentos de engenharia e arquitetura que alcançaram a sociedade Teotihuacana. Atualmente a pirâmide tem uma altura de 64m, medida que corresponde a sua penúltima etapa construtiva. A longitude de sua base possui 224m e seu volume é estimado em 1 milhão de m3. Além disso, sobre o topo da pirâmide estava construído um templo ricamente ornamentado.
A pirâmide foi construída mediante um sistema de camadas de terra, areia e adobe, recobertos por uma capa de rocha; esta, por sua vez, estava recoberta por uma camada de pedregulhos acimentada com cal e areia. O acabamento final era de cal, areia e tinta cor vermelha. As pedras salientes que se observa nos corpos da construção serviam para impedir o deslizamento do aplanado que a cobria. Os grandes muros que apareciam nas costas e que se assemelham a grandes escadarias funcionaram como conservadores para a última camada construtiva. Nas inclinações dos corpos, as pedras formam alinhamentos diagonais; esta colocação foi feita provavelmente para evitar o deslizamento das inclinações.
Vários elementos indicam que na primeira fase de Teotihuacan, a pirâmide do sol se constituiu em ser o centro da cidade, isso é, ser o ponto de partida das ruas e avenidas que dividem os espaços divinos. Entre esses elementos se encontra a monumentalidade do edifício, suas características arquitetônicas e, principalmente, as estruturas que conformam a plataforma em forma de U, assim como os rabiscos iconográficos em todo o conjunto. A plataforma em U circunda a pirâmide por seus lados norte, sul e leste. Estava decorada em seu exterior com tabuas em diagonal. Na parte superior se encontravam vários templos, conjuntos de habitações e praças menores; eram as residências dos sacerdotes e da nobreza (Casa de los Sacerdotes) que se dedicavam ao culto neste recinto. Essas plataformas separavam as áreas externas das áreas altamente sagradas. Foram encontrados vários monumentos de remodelação em sua parte exterior, incluso posteriores a queda de Teotihuacan. Eles demonstram a importância que teve todo este conjunto para os diferentes grupos culturais que habitaram o Vale do México, convertendo-se em um centro de peregrinação. A frente da pirâmide, no centro da grande praça, havia um grande altar, nos quais as costas norte e sul se apreciam templos e unidades residenciais (Conjunto do Sol). A parte oeste da praça está limitada por uma grande plataforma que separa esse recinto sagrado da Calçada dos Mortos.

Coisas que ainda faltam escrever mas que eu estou com preguiça:
A Pirâmide da Lua
Templo de Quetzalcóatl
Deuses
O Quinto Sol (a criação do mundo)
Cultura

UNAM vs. UNICAMP

Importante: este texto não tem como intenção desmerecer nenhuma instituição ou faculdade, a idéia dele é que, com os erros e acertos de uma universidade, a outra também possa crescer.
Infra-estrutura das salas de aula: ponto para a UNICAMP. As salas da UNICAMP estão equipadas com ar condicionado, retroprojetor e computador, enquanto as salas da UNAM não possuem ar condicionado, e o retroprojetor tem que ser retirado na secretaria.
Infra-estrutura do campus: ponto para a UNAM. Esta possui áreas de lazer e de esportes (campos de futebol, futsal, tênis, golfe, piscina olímpica, várias praças, etc) imensas, as mesmas não se encontram na UNICAMP.
Centros acadêmicos: ponto para a UNICAMP. São simplesmente inexistentes na UNAM.
Professores: Não cheguei a conhecer muitos professores da UNAM, então não sei se eu posso falar sobre isso, mas aparentemente os professores da UNICAMP são melhores capacitados e com mais alto grau de nível acadêmico (ou seja, os professores da UNICAMP, em sua maioria, possuem doutorado). Além do mais, os professores da UNICAMP parecem ser mais responsáveis, entregando uma ementa bem definida no inicio do semestre onde se define toda a matéria e as datas das provas, em contrapartida os professores da UNAM faltam as aulas sem avisar previamente os alunos de que irão faltar.
Laboratórios: ponto para a UNAM. A ênfase na pratica experimental na UNAM é excelente e muito incentivada, por exemplo, em uma das matérias de minha especialização em engenharia biomédica vou construir um eletrocardiograma, coisa inexistente na UNICAMP em um curso em nível de graduação.
Interação universidade com empresas: ponto para a UNAM. A UNAM possui varias parcerias com empresas privadas, o que permite estas empresas investirem na universidade e construírem centros de investigações, onde os alunos podem pesquisar, aprender e trabalhar. A UNICAMP, no entanto, não possui muito disso. Além disso, a UNAM ganha muito dinheiro vendendo as patentes de suas pesquisar para empresas privadas, com esse dinheiro (e não com o dinheiro do governo) a UNAM se sustenta (não estou sugerindo que a UNICAMP deixe de receber dinheiro do governo, estou sugerindo que a UNICAMP fique rica vendendo suas patentes ou trabalhando em parceria com empresas privadas).
Comida: ponto, ponto... ah, nenhuma das duas merece ponto nenhum. O bandejão é horrível e não há restaurante universitário na UNAM. As cantinas da UNICAMP são absurdamente caras e as barraquinhas da UNAM (cantinas, que são cantinas? Vamos pegar uma barraca do Gugu e abrir um comércio) não possuem muita variedade de comida.
Custo de vida: ponto para a UNAM. O custo de vida para morar bem e perto da universidade é mais barato (relativamente) que na UNICAMP.
Moradia: ponto para a UNICAMP. A UNAM não oferece moradia para os alunos, tampouco oferece bolsa alimentação ou bolsa transporte.
Facilidade: ponto para a UNAM (não sei se isso é digno de mérito). Aqui as provas são muito fáceis, e é muito mais fácil tirar nota alta.
Transporte interno: ponto para a UNAM. Ao contrário da frota gigantesca de circulares internos da UNICAMP, a UNAM possui apenas 12 linhas diferentes de ônibus circulantes, com freqüência de passagem igual a 5 minutos, conta também com um serviço gratuito de aluguel de bicicletas para alunos.
Lugares interessantes: ponto para a UNAM. Além de possuir uma enorme reserva ecológica, também possui um espaço escultórico, dois museus, alguns anfiteatros e salas de cinema operantes a todos os dias.

Semana 6

Na segunda acordei 8:30 e segui para a aula de Introdução a Fisiologia. Depois voltei para casa que ainda estava (na casa de Gabi), arrumei algumas coisas para a mudança, fiquei conversando com Victor, Norma e Lalo e depois fui para a aula de Inteligência Artificial. Na aula de IA descobri que terei minha primeira prova na UNAM na próxima segunda e que também tenho que fazer um trabalho (em grupo) sobre resolução de problemas através de satisfação de restrições. Depois voltei para casa de Gabi, fiquei conversando com Carlos e Julian (novo morador da casa, aproveitei para assustar ele em relação á Gabi), depois terminei de fazer a mudança. Á noite fui jantar Tamales com Lalo, Ariana, Carlos e Julian, depois voltei para a nova casa e dormi.
Terça feira acordei 8 horas da manhã para ir á imigração registrar o visto, aproveitando que as meninas ainda não estavam no ponto de encontro, fui tirar as cópias e imprimir os documentos que me faltavam. Depois de provarem que elas eram elas demorando meia hora para chegarem, fomos a Imigração. Tomamos um metro cheio, descemos na estação Centro Médico, tomamos outro metro cheio na linha Café, fomos até Tacubaia e tomamos a linha laranja até Polanco, descendo em Polanco tomamos um taxi para a imigração (tudo isso custou 7 pesos = 1 real para cada um, o que seria, somado, pouco mais que o preço de um ônibus no Brasil, viva Brasil! Temos dinheiro para pagar absurdos mesmo.). Chegando à Imigração encontramos com um mexicano casado com uma brasileira, conversando com ele conhecemos também um advogado mexicano muito simpático, que nos ajudou durante o processo (falho) de reconhecimento do visto. Conversando com ele descobri que aquilo tudo era para me darem um comprovante dizendo: “Antonio estudou em México, na UNAM, durante o 2º semestre de 2009”, depois de esclarecido que não havia mais problemas em não registrar o visto, pela taxa de 1500 pesos (200 reais) a pagar e pela burocracia toda do processo (sem falar que faltavam papeis), resolvi que não iria registrar o visto. Depois disso comi um lanche que não me caiu muito bem (felizmente não teve efeitos indesejáveis imediatos) e então fomos a Plaza de La Tecnologia trocar o computador da Carol que tinha vindo com um risco de fora a fora na tela. Surpreendentemente o dono da loja trocou a tela sem nenhum problema ou burocracia, enquanto a tela era trocada eu comprei um mouse, caixa de som, estabilizador de energia e um pen drive de 4GB. Depois disso voltamos para casa. Chegando em Copilco fui para casa, me troquei e segui atrasado para a aula de Instrumentação Biomédica. Depois da aula comi um empanado de frango (que era, na verdade, presunto) á mexicana (que também não me caiu bem) e fui sacar minha credencial na secretaria de ensino da UNAM. Após passar 2 horas enrolando na aula de Analise de Sinais e Sistemas voltei para casa e tive minha primeira infecção intestinal no México (eu acredito que foi culpa da pimenta das coisas que comi ou talvez da água impotável da casa onde vivo – tudo, menos a comida gordurosa e mal higienizada que eu como na rua todos os dias), depois de ter uma noite não dormida, acordei na quarta feira.
Quarta não estava com a menor vontade de ir para a aula de Introdução a Fisiologia, mas fui anyway. Depois fui para a farmácia para ver o que eu poderia comprar para melhorar da infecção, e então segui (atrasado como sempre) para a aula de IA e depois fui demorar meia hora para descobrir que o professor de Laboratório de Instrumentação Biomédica não ia dar aula. Voltei para casa e ali fiquei até eu sair da mesma, quando fui para (passar vontade) jantar pizza com Lalo, Ariana, Carol, Claudia, Julian, (nome esquisito de um colombiano que eu não lembro) e Carlos. Depois de ter comido muito cheiro de pizza, voltei para casa e dormi.
Na quinta não me lembro de ter acontecido nada muito emocionante.
Na sexta fomos eu e Lalo no mercado de Lagunilla para tentar encontrar meu sombrero de Chiarro, além de encontrar o desejado, comprei também o gorro do Chaves e uma bandeira enorme do México (malditos mexicanos, querem cobrar mais caro só porque eu pareço europeu, logo, tenho dinheiro – sendo que, na verdade, sou um pobre coitado brasileiro. Talvez seja um desafio, pechinchar no Brasil tava fácil demais). O sombrero saiu por 145 pesos (e ganhei um mini sombrero de brinde), a bandeira saiu por 180 pesos (com uma bandeirinha de brinde) e o gorro do Chaves por 40 pesos (com um obrigado de brinde). Depois de terminado a diversão, ops, negociações, fomos para casa.
Sábado eu lembro que foi divertido, ao contrário do Domingo, que passei o dia inteiro em casa, mas ta bom de escrever por hoje.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Semana 5

Nessa semana houve apenas 4 dias notáveis:
Quarta feira: Acordei pela manhã, segui para a aula de Introdução a Fisiologia (onde dormi com os olhos abertos), depois fui para a casa, fiz algumas coisas a fazer no computador, peguei alguns documentos que precisava imprimir e segui para encontrar as meninas para almoçarmos. Indo encontrar com as meninas encontrei uma senhora que estava colando cartazes de vaga de moradia, pedi para ela me mostrar a casa, chegando lá (depois de muito tempo, o que implica que era muito longe da faculdade) vi que o quarto não estava mobiliado, a casa era mal cuidada e o banheiro também não era lá aquela coisa. Desanimado voltei para a UNAM, coloquei um documento no correio, fui ver os papeis para minha carteirinha da UNAM (ao contrário do cu da UNICAMP, o cu da UNAM não tem chip, de todos os cu’s que eu já vi, o único com chip é o da UNICAMP, afinal, cada universidade enfia o que quiser no cu - cu, abreviação de cartão universitário), pelo fato de estar atrasado acabei desistindo de ir para a aula de inteligência artificial, então segui direto para a aula de Laboratório de Instrumentação Biomédica. No caminho que eu fazia eu ia pegando papeizinhos de moraria. Depois da aula fui brincar com o carrinho de compras do Wal Mart e então segui para casa para começar a ligar para os papeizinhos de moradia. Liguei e fui ver uma delas (já se passavam das 8 da noite), lugar e casa horríveis, desanimado com a busca, voltei para a casa. Peguei um papel que estava aparentemente bem escrito, liguei e conversei com Gloria, pela descrição telefônica o lugar era cômodo, perto, incluía todos os serviços e não era tão caro (3000 pesos, aproximadamente 400 reais), pedi o endereço e fui ver o lugar, era em uma unidade residencial. Como não encontrava o bendito endereço fui pedir informação a um senhor que estava estacionando o carro, ele disse que não conhecia o endereço, mas que Gloria era sua mãe. Eu entrei na casa, conheci o quarto e a senhora Gloria foi extremamente simpática, no entanto, um ponto de interrogação estava em cima da cabeça de cada um de nós dois (eu e Gloria), eu pois o quarto não se encaixava na descrição dada pelo telefone, e ela porque não entendia como eu havia chegado ali. Depois de conversarmos descobri que ela não era a mesma Gloria que eu tinha conversado por telefone, no entanto, o quarto estava melhor que a descrição dada pela Gloria original, perguntei o preço e a senhora disse: “quanto está bom para você?”. Sem querer pagar caro e tampouco ser injusto com ela eu disse: “2000 pesos, é o preço que eu pagava na outra casa”. Ela prontamente aceitou e ali eu fiquei. Ah, coincidentemente ela também estava alugando um quarto.
Sexta: Na sexta fomos eu e Lalo no museu de Bellas Artes, segundo dizem, o museu está ruindo por estar muito denso, dado que é construído inteiramente de mármore. Voltamos para casa e mudei algumas coisas para a casa nova. Fizemos a festa de despedida de Victor, que está indo para Califórnia, até o momento que a fdp da Gabi começou a encher o saco de todo mundo por causa da bagunça e do barulho (vale ressaltar que Victor também mora na casa e a dita cuja bebeu e comeu de graça).
Sábado: Nada mais fiz do que ir com as meninas para Zócalo e quebrar o recorde mundial de maior Thriller, juntaram mais de 12 mil pessoas na Praça da Independência para dançar Thriller - Michael Jackson e quebrar o recorde mundial de maior Thriller existente. O feito aconteceu por volta das 6:30 da tarde e o recorde foi quebrado com uma assíncronia também digna de recorde. A campanha foi: “Yo si bailo Thriller” e reuniu mais de 50 mil expectadores presentes. Depois disso fomos pegar um metro lotado e voltamos para casa. Chegando em casa eu movi a maior parte das minhas coisas e dormi na casa nova para ver como era, nada mal até.
Domingo: Fomos comprar o computador da Carol na Plaza de la Tecnologia, no centro da cidade. Regressamos e fomos todos (Carol, Claudia, Carlos, Ariana, Victor e Norma) comer no Burger (Mugre) King. Depois de subtrairmos 2 anos de nossas vidas e ganho de presente um futuro entupimento arterial, regressamos a nossas casas e então e fui dormir.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Influenza A H1N1, Pândemia 2009

Importante: este artigo ainda está incompleto, os tópicos em negrito eu pretendo preencher e também irei tentar modelar matemáticamente o espalhamento da gripe pelo mundo, os resultados serao colocados aquí.
Influenza A subtipo H1N1
Conhecida no Brasil como gripe suína, gripe mexicana, gripe norte americana, influenza A, nova gripe. No México os nomes variam entre: gripe A, H1N1, influenzavirus A, gripe porcina, nueva gripe ou gripe norteamericana. Nos Estados Unidos é conhecida por swine flu, pandemic flu, new H1N1. A nomenclatura oficial adotada pela OMS (Organizaçao Mundial da Saúde, em inglês, WHO – World Health Organization) é de Influenza A subtipo H1N1 (parte da motivaçao da adoçao dessa nomenclatura foi o fato da enorme queda do mercado de carne suína).

A origem do nome
O nome “gripe suína” foi designado no início da pandemia pois esta doença também afeta aos porcos, o vírus em questao, que está causando pandemia atualmente ,infecta tanto porcos, aves e humaos. O termo técnico correto é Influenza A subtipo H1N1 pois se refere a glucoproteína Hemaglutinina e a enzima Neuroaminidade ambas de tipo 1 presentes no virus.

Primeiro caso, número de mortos e número de infectados
No começo de março várias pessoas apresentavam doenças respiratórias na cidade de La Gloria – Veracruz. Os dois primeiros casos confirmados foram de duas crianças residentes nos Estados Unidos (uma menina de 9 anos no Condado Imperial – California e um menino de 10 anos no Condado de San Diego) que adoeceram em 28 e 30 de Março, respectivamente, sem terem tido nenhum contato com porcos ou antecedentes de viagens ao México. A primeira morte debido a gripe ocorreu em 13 de Abril, quando uma mulher diabética natural do estado de Oaxaca – México morreu por complicaçoes respiratórias.
Tabela Atualizada em 24 de Agosto de 2009:
Mundo: 309.395 casos confirmados, 2.737 mortes
Brasil: 20.820 casos confirmados, 488 mortes
México: 19.712 casos confirmados, 170 mortes
Estados Unidos: 47.426 casos confirmados, 522 mortes
Para a tabela completa atualizada diariamente, consulte a Wikipédia.

Pandemia
Uma pandemia (origen grega de pandêmon nosêma, donde pan = todo, demos = povo e nosêma = doença) é uma doença que afeta toda a populaçao. Nao basta uma doença matar um grande número de pessoas para ser considerada uma pandemia, para a doença ganhar o título ela precisa ter um alto grau de contágio e se espalhar rápidamente de uma regiao geográfica para outra. A OMS indica que para poder aparecer uma pandemia deve haver: um virus novo (que nao existiu previamente, e, portanto, nao há pessoas imunes a ele); o virus deve ser capaz de produzir alto grau de doença (uma doença letal); o virus deve ser capaz de transmitir de pessoa a pessoa de forma eficaz.
A OMS também propôs uma tabela com o nível de alerta de uma doença e o que isso significa para o mundo, a tabela está exibida abaixo:
Fase Descriçao
1 Nao há entre os animais virus que tenham causado infecçoes entre humanos.
2
3
4
5 Propagaçao de pessoa a pessoa em pelo menos dois países do mundo.
6 O mesmo de 5, com o adicional de serem 3 países de distintos continentes.
PPAM
PP
Sintomas da gripe comum e da Influenza A (H1N1)
É importante lembrar que o indivíduo nao precisa apresentar todos os síntomas para estar infectado e também que a presença de algum síntoma nao implica necesariamente em estar infectado.
Influenza A (H1N1): febre igual ou maior a 39ºC (este é o síntoma mais característico de todos), dor de cabeça intensa, calafrios frequentes, cansaço extremo, dor de garganta leve, tosse seca e contínua, baixa quantidade de catarro, dores musculares fortes e ardencia forte nos olhos.
Gripe comum: febre nao chega a 39ºC, dor de cabeça leve, rara quantidade de calafrios, cansaço leve, dor de garganta forte, tosse pouco frequente, alta quantidade de catarro, dores musculares moderada e sem ardencia nos olhos.

Precauçoes e recomendaçoes
Recomenda-se que lavem sempre as maos com água corrente e sabao ou gel desinfectante (popularmente conhecido como alcool gel), nao se compartilhe comida, bebida ou objetos de uso pessoal, evite lugares fechados e/ou aglomeraçoes de pessoas, tenha uma alimentaçao saudável, rica em vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos, lipídios, etc. É de extrema importância que nao se automedique, ou seja, nao tome anti-inflamatórios, anti-gripais, remédios para dor de cabeça, antibióticos (que nao produzem efeito nenhum), etc. Na presença de algum dos síntomas, ou se sentir algo estranho com seu corpo, procure imediatamente um médico.

H1N1 pelo mundo

Porque tanto alarde
Este assunto é muito recorrente nos telejornais, jornais impressos, revistas, internet e mesmo na conversa cotidiana, mas porque tanto? O que (supostamente) preocupa muito os médicos e os governantes é o fato do virus ser “novo”, ou seja, ninguem tem anticorpos para ele. Anticorpos sao os agentes de defesa do organismo humano, e como o virus é desconhecido pela humanidade (ninguem nunca o teve antes) entao as pessoas ainda nao possuem anticorpos, e, portanto, nao possuem imunidade (defesa). Dentre outras coisas está também a preocupaçao com a inexistência de vacina e (nos primeiros casos da gripe) como deveria ser o tratamento das pessoas infectadas. Outra coisa também preocupante é a evoluçao do quadro do doente, ou seja, se alguem se infecta em um dia, logo no dia seguinte já está muito mal, com o quadro clínico muito agravado.

Gripe aviária

Fora nos gringos

Havia uma familia feliz de gringos fazendo um tour pelo anjo da independencia , estavam eles alegres e contentes tirando fotos, e entao decidiram tirar uma foto com todos da familia, eles discretamente olharam para minha cara de nativo mexicano e disseram entre eles em uma voz audivel: "He speak english? I think he did"
eu de intrometido interrompo a conversa: "No, I dont speak english, Im from Brasil and I speak only portuguese".
Depois do que eu disse eles ficaram com uma cara enorme de ponto interrogaçao, eu estendi a mao para pegar a camera e abri um sorriso (eles ainda nao entendendo a piada), tirei a foto (eles com cara de ponto de interrogaçao) e eles foram embora sem dizer mais nada... Esses gringos.
Gringo (em Mexicanês): todas as pessoas originarias dos EUA.

domingo, 23 de agosto de 2009

Semana 4

Começou em uma segunda-feira de sol, nada mais fiz do que ir para a aula de Introduçao a Fisiologia seguido por um almoço com a Carol e depois uma aula entediante de Inteligencia Artificial. A noite se resumiu a ficar escrevendo sobre a Influenza A (H1N1).
Terça feira fui trocar o porta retrato digital que eu tinha comprado na feira de computaçao da UNAM e estava quebrado o LCD, pois bem, pego o metro e vou até a Plaza de la Tecnologia procurar a barraquinha que estava no papel da garantia, chegando la, rodo, rodo e rodo e nao acho a dita cuja, passadas 2 horas sem sucesso, resolvo ir para a loja matriz que estava também na folinha da garantia. Gastei algum tempo para conseguir encontrar a rua, mais outro tempo para encontrar o número, foi quando eu notei que o número correspondia a uma casa, uma simples casa sem indício de estabelecimento comercial. Desolado, resolvi bater a campainha, felizmente alguem atendeu e me disse que era la o lugar, troquei meu aparelho e voltei para casa feliz. A tarde fui para a aula de Instrumentaçao Biomédica seguida por uma aula coxissima de Analise de Sinais e Sistemas. Pela noite nada demais foi feito.
Na quarta feira tive Introduçao a Fisiologia (9:15 a 11:15), seguida de IA (13:30 a 15:00) e depois Laboratório de Instrumentaçao Biomédica (16:00 a 18:00), onde todos os alunos tinham que se apresentar com nome, idade, e bla bla bla, como fazem no primário… Falar em primário, tenho orgulho do sistema de ensino da UNICAMP, que preza pela responsabilidade individual de cada aluno e que os professores nao mandam tarefa para casa.
Quinta feira fui pela manha fazer um teste de espanhol para começar a ter aulas, acabou sendo que meu nível de espanhol é Basico 4, segundo a professora que me examinou, como eu nao sei conjugar os verbos, é bom que eu aprenda desde o começo (o bom é eu entendo perfeitamente tudo que falam – isso levanta uma questao: porque no aprendizado entender é mais fácil que se expressar?). Pela tarde nada mais fiz do que pedir o desconto para fazer o curso de espanhol (que está em malditos 400 dolares), depois segui para a aula de Instrumentaçao Biomédica e entao para a coxisse de Sinais e Sistemas.
Na sexta fui com Carol, Claudia e Roberto para o parque de diversoes Six Flags (como um Hopi Hari), nada mais fui em dois brinquedos: a montanha russa Medusa e um corrego de agua chamado Rio Bravo. Sim, tenho medo dos brinquedos de parque de diversao, e fiquei com raiva de ter ido na montanha russa. A noite fomos eu, Lalo, Ariana, Victor, Norma, Carol, Claudia e Roberto para o centro de Coyoacan, jantamos e depois fomos a um barzinho. Nada mais a Carol e o Lalo jogaram twister e houve empate técnico, foi aniversario do Lalo e a Carol o convenceu a dançar boquina da garrafa.
Sábado acordei as 7:30 da manha, tentando acordar efetivamente até as 8:20, entao fomos eu e o Victor buscar as meninas para ir a Teotihucan. Victor, muchas gracias por ter nos levado a Teotihuacan. Fomos com o carro do Victor até sua casa, onde ele foi no médico, e entao seguimos para Teotihuacan (muito tempo e gasolina se demorou até que encontramos o caminho correto). Chegando em Teotihuacan fomos direto a Pirâmide do Sol, subimos ela toda e tiramos muitas fotos. Chegando ao topo, recarreguei minhas energias e também a batería da minha câmera (sim, a pilha da câmera havia acabado, e depois que eu levantei as maos para o alto, elas voltaram). Tiramos mais um monte de fotos (ao todo eu tirei 200 fotos com a minha câmera, juntando com as fotos de Carol e Claudia temos um total de 830MB distribuidos por 465 fotos). Apreciamos a vista e tudo o mais e depois descemos para ir almoçar, saimos do parque reservado para as pirámides (a entrada para estudante é gratuita, caso contrario, cobram 51 pesos, aproximadamente 7 reais). Chegando na rua havia um punhado de gente oferecendo lugares para comer, quando viram nossas caras de famintos, se amontoaram e começaram a gritar todos, oferecendo seus serviços, preços mais baratos e promoçoes… Acabamos por escolher o lugar mais arrumadinho. Sentamos e comemos, eu comi um Chili Relleno (Pimentao empanado recheado com queijo, bem picante) Depois de muito ócio, pagamos e voltamos a reserva de Teotihuacan (que significa: Cidade onde os homens, depois de mortos, se convertem em Deuses – escreverei (tardo o temprano) um artigo especial de Teotihuacan falando sobre a cultura, início, término, povoamento, etc). Chegando lá caminamos pela Calçada dos Mortos em direçao a Pirâmide da Lua. Acabou que já estaba muito tarde e nao conseguimos subir até o final da Pirâmide da Lua (nao me perguntem o que há dentro das Pirâmides que eu nao sei, mas vou procurar saber). Por fadiga, termino aquí a história sobre o passeio a Teotihuacan (fadiga esta que me fará resumir o dia de Domingo). A noite voltamos para casa, comemos hamburger no Mugre King e depois vimos as fotos de Teotihuacan, fatigados, fomos todos dormir.
Acordei cedo no Domingo, encontrei com algumas pessoas de intercâmbio da engenharia, fomos ao Castelo de Chapultepec, regressamos, fui a comer Burritos, voltei para casa, e terminei de escrever isto.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Semana 3

Na segunda feira começaram as aulas, minha pontualidade foi exemplar, cheguei exatamente às 9:47 (na aula que havia começado às 9:15). A professora de Introdução a fisiologia se apresentou e apresentou a matéria, logo em sua apresentação confessou explicitamente ser um barco (mais conhecido no Brasil como coxa), vamos ver se ela chega ao nível de um transatlántico. Fui me encontrar com a Carol e a Claudia, almoçamos e eu segui para a aula de Inteligencia Artificial, na qual o professor fez o favor de não aparecer. Sem mais nada a ser feito, segui para casa. À noite ensinei os mexicanos de casa a jogarem truco.
Terça feira joguei xadrez em uma das islas (praças) da UNAM, almocei e segui para a aula de instrumentação biomédica, para balancear a coxisse do semestre, ese professor disse ser bastante rigoroso (do tipo que adora reprovar os alunos). Logo em seguida tive aula de Analise de sinais e sistemas, aparentemente a materia será fácil, já que a maioria do conteúdo é combinação linear de outras coisas que eu já vi. À noite as meninas foram em casa e jogamos truco com o pessoal aqui de casa (Lalo e Victor), enquanto a Ariana assistia TV, o Carlos ficava no computador.
Quarta feira tive aula de Introdução a Fisiologia pela manhã, depois joguei xadrez, descobri que o professor de IA não foi dar aula de novo e fui jogar mais xadrez.
Quinta fomos eu e a Carol para a feira de computação que estaba se sucedendo na UNAM, não encontramos coisas tão mais baratas e acabamos não comprando nada, depois fui descubrir que o professor de Analise de Sinais e Sistemas não ia dar aula.
Encontrei com a Carol na sexta feira e fomos levados pelo Victor e pela Norma até a Plaza de Conputación da cidade (camelô), acabou que as coisas não estavam aquela maravilha de baratas e fomos embora sem comprar nada.
No sábado fomos eu e a Claudia para o museo antropológico, visitamos o anjo dourado e voltamos para casa.
Deus acordou no Domingo às 10:47 da manhã e disse: hehehehe, hoje eu vou sacanear com o Antonio. Logo depois acordo eu às 10:48 animado para passear pela cidade, só esperando a Claudia chegar para sairmos. Já ao meio dia eu começo atendendo a porta uma Claudia preguiçosa e cansada, ela entra, ve seus e-mails e vai-se. Depois disso resolvo ir até a feira de computação da UNAM para comprar um netbook (mini notebook), precisei fazer um camino extremamente longo para descubrir que existía um caminho simples, e ai, tomei o caminho simples. Chegando lá descobri que todas as boas ofertas de computador tinham acabado, o que eu decidi por comprar tinha esgotado no estoque. Desolado, eu fui em uma tenda e comprei um porta retrato digital (paguei 1900 pesos, equivalente a aproximadamente 270 reais), aparentemente um aparelho bom, interessante, que, além de exibir fotos, também reproduz vídeo e aúdio, pois bem, chegando em casa, o coiso não funciona. Logo após fui comprar um netbook no Wall Mart mesmo, paguei 5000 pesos (720 reais), aparentemente vinha com bluetooth integrado… até chegar em casa. O pior foi o final da noite, quando a Gabi veio até o meu quarto dizendo que quería conversar comigo, pois bem, e ela disse: “Antonio, não vou poder mais aceitar o seu aluguel pois não da mais para você morar aqui em casa, você traz pessoas estranhas (se referindo a Claudia e a Carol, que fazem menos mal que uma mosca capada), bebe (se referindo ao dia que eu fiz caipirinha para ela e o Victor experimentarem) e grita muito (se referindo ao dia do truco).”

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Semana 2

Acordamos segunda feira de manhã (eu e Claudia) e fomos nos encontrar com a Erika e a Carol no aeroporto. Depois de conversado com a Erika, seguimos eu, Claudia e Carol para minha casa em Copilco. A tarde foi reservada para as chicas buscarem um lugar para morar, acabaram encontrando um lugar legal a um pessero (ônibus) de distância da UNAM.
Na terça de manhã passeamos pela UNAM, almoçamos e então fomos a Chapultepec (uma das várias zonas da cidade). Eu tinha a intenção de visitar a exposição temporária sobre Teotihuacan, mas perdemos muito tempo na praça da independência (esquilos, um guia turístico esquisitão, uma alemã e um palhaço), quando vimos, já estava tarde e precisávamos voltar para casa.
Quarta feira houve uma das apresentações da faculdade de engenharia da UNAM, conheci meus miguxos engenheiros intercambistas (3 da França, 1 do País Basco, uma do Canadá, uma da Alemanha, e muitos do México - mobilidade nacional). Na parte da tarde fomos Carol, Claudia e eu a almoçar e então fomos descobrir que tinham passado uma informação errada para nós no Centro De Ensenanza para Estranjeros (disseram que havia uma apresentação às 17:00, quando chegamos lá nesse horário, a apresentação já tinha começado (e terminado) há 6 horas atrás). A noite as meninas prepararam macarrão ao molho branco para os mexicanos aqui de casa, com brigadeiro de sobremesa (não sei se eles realmente gostaram do brigadeiro ou se disseram que gostaram só por educação).
Na quinta houve um tour pela UNAM, conhecemos (nós, alunos de intercâmbio da faculdade de engenharia) a reserva ecológica da UNAM e as formações rochosas, descobrimos que a UNAM é patrimônio da humanidade e que não se pode construir mais prédios ao redor da mesma. Na parte da tarde fiquei jogando xadrez em um dos pastos que a UNAM possui (chamados de ‘islas’ por eles - para uma pessoa normal é uma praça bem bonita, arborizada e com muitas pessoas, para mim, pasto) e depois fui para a casa.
Sexta feira teve outra apresentação da FI (faculdade de engenharia), sim, eles não são tão espertos quanto os engenheiros da UNICAMP que otimizam o tempo de todos e resumem as apresentações em um só dia. Depois da apresentação houve um grupo de intercambistas (me incluo nesse grupo) que foi visitar a zona (bairro) de Coyoacan, almoçamos, passeamos, compramos celulares (quem ainda não tinha) e voltamos para casa. À noite fomos eu, Carol e Claudia para um barzinho também em Coyoacan, saindo do bar, o taxista queria nos trambiquear (não obteve sucesso)...
No sábado fizemos panquecas para dois amigos meus aqui do México e depois saímos para comprar roupa de cama no Sam’s Club. À noite fomos ao Bulldog Café, onde teve um cover do U2, ficamos até umas 3:00 da manhã do domingo e então voltamos para a casa.
Domingo nada mais fiz do que comer burritos (obrigado Victor) e passear a noite pela UNAM.
O mais divertido de tudo era a chuva que não parava de cair durante a semana inteira.

Comidas Típicas - parte 2

Tacos: Aqui se vendem muito tacos, o taco é composto por uma circunferência de raio de tamanho variável (normalmente de 4 a 10 cm), chamada tortilla (pronuncia tortilha) - para os normais, parece uma panqueca esticada - que é feita com farinha de milho e água. A tortilla não possui muito sabor e para eles é o pão nosso de cada dia, quando não têm nada para recheá-las eles colocam sal, pimenta e limão (a nossa manteiga no pão). Voltando aos tacos, eles são recheados com uma variedade de coisas, dependendo do gosto do freguês, existem com ovos, presunto, carne de pastor, tomate, queijo, feijões, etc, e uma combinação linear desses itens. Basicamente eles pegam a tortilla, colocam o recheio no meio e dobram ela (para quem não tem manejo com a comida, é fácil o recheio escorrer enquanto se está comendo). A pimenta, limão e sal são postos na mesa (ou no balcão da cantina) para você se servir a la vonte. Para a nossa cultura, eles não são muito higiênicos no manejo com a comida, os tacos são preparados todos à mão e as pessoas geralmente não usam guardanapos. Os tacos são muito fáceis de encontrar, a cada esquina há um lugar que vendem tacos (ou mais que um), se encontram desde em barraquinhas ao ar livre tanto em restaurantes de grande nome.
Modo de preparo: Pegue uma tortilla pronta (esquentada na chapa quando comprada no mercado), adicione recheio a La vonte, dobre e bon apetit.

Birria: Basicamente um caldo de carne, podendo usar a carne de frango, vaca, porco, ou carneiro, possui um sabor extremamente forte, acompanhado de cebola, tortillas, molho de pimenta e limão (para serem acrescentados a gosto). A birria é servida em dias festivos e é muito apreciada pelos mexicanos. Apesar de ser um prato típico, não é picante em si, quem consome tem a opção de escolher quanto molho de pimenta quer colocar.
Modo de preparo:

Quesadilla: Apesar do nome lembrar queijo, nem todas as quesadillas são feitas com queijo. As quesadillas são muito parecidas com os pasteis (em espanhol, pastel significa bolo doce) brasileiros, coloca-se o recheio (variando entre queijo, requeijão, feijão, carne de vaca, frango, pimenta, tomate, dentre outros) em uma tortilla, enrola-a e depois frita-a.
Modo de preparo:

Burritos: Burritos são bem parecidos (para não dizer que são iguais) com panquecas, a massa é feita da mesma forma, o recheio é colocado e o burrito é enrolado e servido. Assim como nos outros pratos, os recheios podem ser quaisquer coisas. Diferentemente das panquecas que levam molho de tomate, os burritos não são servidos com molho (novamente, é posto pimenta, sal e limão na mesa para que tempere a gosto).
Modo de preparo:

Alegrias: São doces muito comuns aqui no México, feitos a base de amaranto (semente dos Deuses), existe de vários sabores. São gostosas, baratas e muito fáceis de encontrar. Os sabores encontráveis são: chocolate, chocolate branco, passas, castanhas, ou puro. A barra é feita com amaranto (pequenas bolinhas brancas) e juntada com mel. O amaranto é muito nutritivo, ajuda a reduzir os níveis de colesterol além de possuir um sabor agradável (daí vem o nome, semente dos Deuses).
Modo de preparo: pegue 5 pesos, vá a barraquinha mais próxima e peça uma barra de alegria.

Comidas Típicas - parte 1

Introdução: A comida mexicana, apesar de ser famosa por ser apimentada, não é. O que ‘pica’ (como dizem os mexicanos) são as salsas (molhos) de pimenta. A questão é que sempre que se pede comida em um restaurante eles deixam nas mesas umas vasilhas com salsa de pimenta como opção de tempero, e essas sim são muito apimentadas. Como é muito difícil comer sem colocar o molhinho com cara de apetitoso, se diz que a comida mexicana é muito apimentada. Todas as receitas de pratos aqui contidas foram retiradas de uma simples pesquisa em www.google.com.br usando o nome do prato como palavra chave (ai está uma dica para quem quiser saber mais sobre o prato ou quiser uma receita variada). Pode parecer estranho, mas a maioria dos pratos aqui abaixo são comidos com a mão, o uso de talheres é quase que exclusivo para pratos que levam arroz, feijão, macarrão ou outros que necessitam talheres.

Tortilla: Um dos itens principais da culinária mexicana são as tortillas, feitas com farinha de milho e água, compõem os principais pratos de comidas mexicanas. Grosseiramente falando, são servidas no México como são servidos os pães no Brasil. Para “beliscar” os mexicanos geralmente a temperam com molho de pimenta, limão e sal e comem. Muito nutritivas, parecem muito com panquecas esticadas, podendo variar muito de tamanho. A palavra tortilla vem originalmente do espanhol ‘torta’, que significa bolo redondo, quando os espanhóis chegaram ao México e viram aquela comida feita pelos aztecas que era parecido com um pão achatado o nomearam de tortilla (pequena torta). O nome dado pelos nativos Nahuatl às tortillas era tlaxcalli e relatos históricos indicam que as tortillas existem desde 10 mil anos antes de Cristo. Segundo a Tortilla Industry Association (Associação Industrial de Tortillas), o produto e seus derivados fazem parte de um mercado de 6 bilhões de dólares ao ano. São muito nutritivas e de baixa caloria, ricas em ferro, cálcio e vitaminas B, com baixo teor de colesterol.
Ingredientes: uma xícara de farinha fina de milho amarelo, meia xícara de farinha de trigo, uma colher de sal, uma colher de margarina, água o suficiente.
Modo de preparo: Em uma tigela coloque a farinha de milho. Junte um pouco de água e vá misturando até ficar como uma farofa. Junte a farinha de trigo, o sal e a margarina. Trabalhe a massa com a mão, acrescentando água ate virar uma bola, não deve ficar grudenta. Faça bolinhas do tamanho de nozes e reserve cobertas com um plástico para não ressecar. Aqueça uma frigideira anti-aderente (fogo médio). Abra cada bolinha de massa entre dois plásticos (saco plástico usado para congelados) com o rolo de massa, deixando bem fininho. Descole a massa do plástico com cuidado e transfira para a frigideira. Deixe dourar ligeiramente dos dois lados. Assim que tirar da frigideira, transfira par uma tábua e corte em quatro com o auxílio de um cortador de pizza. Se deixar para cortar depois a tortilha se quebra, pois fica muito crocante.
Receita retirada de: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/14051-tortillas-para-acompanhar-guacamole.html
Para mais informações sobre tortilla consultar o artigo (em inglês) ‘tortilla’ em:
en.wikipedia.org/wiki/tortilla

domingo, 9 de agosto de 2009

Fotos

http://picasaweb.google.com/tunico.berno/EnCiudadDelMexico?authkey=Gv1sRgCJDIrPycpuWxFA#

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Primeira Semana

Cheguei no Domingo, dia 26 de Julho de 2009, demorei algumas horas no aeroporto e depois peguei um taxi até o hotel. Cheguei no hotel, dormi até 12:00 e sai para ver a cidade. Fiquei hospedado próximo a estação Zocalo do metro da cidade, é como um centro, ao redor havia uma catedral imensa, o palácio do governo, um museo de ruinas históricas, um museo de artes, feira de artesanato, indios dançando, pessoas fazendo "macumba", etc. As coisas aqui em geral são muito baratas (comida, eletrônicos, transporte público, gasolina, roupas, etc). A comida não é apimentada, mas todas as salsas (molhos), são. Eles não tem o costume de temperar a comida, geralmente deixam tempero (sal, limão e pimenta) a disposição do consumidor. Também não são muito higienicos com a comida, tudo é feito com a mão, sem luvas, servido com a mão, potes de comida expostos, etc, no entanto, nada que não se possa comer. O suco de laranja não é recomendável, eles fazem um monte de suco de manhã cedo e deixam até o final do dia, fora que o suco tem um gosto questionável. Me adaptei bem ao espanhol, consigo entender perfeitamente tudo que falam, no entanto, ainda não consigo falar tão bem, eu fico com raiva das palavras que são iguais, os falsos cognatos são, ah, interessantes :).
Na segunda feira fui a toa de metro até a UNAM, lá chegando fui a facultad de ingenieria, cheguei a toa na secretaria e fui extremamente bem recebido, as duas secretárias disseram ser minhas novas "mamães", como se não me bastassem o monte de mães que tenho no Brasil...
Fui apresentado ao Felipe, assistente de serviços acadêmicos, que me apresentou a outros funcionários, como o Tomás, que me ajudou muito em tudo (a encontrar casa, comprar celular, achar supermercado, etc). O mais interessante foi a disposição que os funcionários tiveram para sair de trás de seus gabinetes e andar comigo pela cidade. Só acharam ruim quando eu disse que não jogava futebol (quiseram empurrar isso: "es brasileño, tienes que jugar futbol").
Na terça feira já me instalei na minha nova residência, em um apartamento a 5 minutos a pé da UNAM. O apartamento tem 6 moradores, eu, Victor (25, formado em EC na UNAM), Gabi (administradora da casa), X, Y, e Z.
Quarta feira fiquei andando a esmo pela UNAM, por Copilco (como bairro universitário), fui no mercado, e etc.
Quinta não fui muito produtiva either.
Na sexta feira encontrei com um amigo que conheci aqui no México, José Antonio, me deu um tur pela UNAM, fomos comer Birria, um caldo de carne com sabor muito, muito forte, e depois visitamos a reserva ecológica da UNAM.
No sábado fomos (eu, José, Coco e Bubu - apelidos estranhos...) ao museu de arte moderna Rufino Tamayo e depois fomos a exposição temporária sobre Teotihuacan no Museo Antropológico. Comemos em um shopping perto e depois voltei para casa.
Domingo fui buscar a Cláudia no aeroporto e depois fomos a Zocalo.